quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A César o que é de César

Agradecimento à CORAGEM
Ora, finalmente alguém de bom gosto que reconhece a arte de bem escrever.
Falando agora a sério, agradeço o reconhecimento e igualmente o prémio que a CORAGEM me confere, sabendo-a uma frequentadora assidua de enumeros blog´s, onde realmente se encontram verdadeiras obras de arte (nomeadamente o seu) mas que infelizmente se encontram por ora desconhecidas.
Depreendo que o seu, á semelhança de outros, seja beneficiado diáriamente com horas de trabalho meticuloso e quase cientifico, em busca daquela que aos olhos do Autor será sempre a inalcansavel perfeição.
Contrastando com esses, existem milhares como o meu, em que o reles escritor, sem saber como armonizar as palavras, se limita a "vomitar" para o blog, um punhado de palavras sobre assuntos que não domina, mas que devido ao amontoado de baboseiras que escreve, acaba por ter uma certa piada e consegue fazer com que alguns leitores, ainda que por engano, os visitem uma segunda vez.
Por tudo isto, sinto-me lisongeado de ser um dos eleitos por si.
Obrigado




quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

LÍDER PRECISA-SE!

Este é um assunto bastante delicado e que corro o risco de ser criticado por o questionar, refiro-me às crenças que continuam a mover multidões.

Independentemente da etnia ou nacionalidade, as pessoas de forma geral, crêem na existência de um Deus. Para alguns dos Povos antigos poderia ser apenas o Sol, já os Romanos, Egípcios, Gregos e outros, veneravam um punhado deles para todos os gostos e paladares.

Com o passar do tempo, os mais cépticos perceberam e divulgaram, que na sua maioria os Deuses, não passam do fruto da imaginação dos homens, e que na realidade não existem.
Testados ao mais alto nível de exigência, incluindo testes psico-técnicos e médicos, que certamente nenhum jogador da selecção ultrapassaria, restaram apenas os mais fiáveis e que conseguiram prender a si, através dos seus legais representantes, os actuais Cristãos, Muçulmanos, Islamistas, Testemunhas de Jeová, Budistas etc…

Reúnam-se eles em Mesquitas, Igrejas, em Templos, ou ao ar livre, o que na verdade o People curte é confraternizar e cuscar. À porta antes de entrar falam do carro novo, daquele a quem o banco apanhou a casa, do que se divorciou, das dividas do vizinho, etc…
Depois entram e rezam, prometem, juram, juram e juram, alguns até conseguem cantar, e claro se antes de sair, puderem comer uma hóstia ou duas para enganar o estômago, tanto melhor.

É precisamente essa parte, que leva a Igreja Catolica ao segundo lugar das tabelas classificativas, imaginem então se servissem Martini para empurrar a hóstia, de certeza que Cristianizavam todas as outras.
Mas será que realmente existe um ser superior?
Ou será apenas necessidade de acreditar na existência de um líder?
Esse líder, contrariamente a outros que conhecemos pelos órgãos de comunicação, ou mesmo pessoalmente, é dado a conhecer apenas, através de gravuras e documentos escritos pela mão do homem. Mãos essas com inteligência sublime, e que através de séculos com a ajuda dos Books, têm vindo a manipular os seus seguidores, ao ponto de alguns acabarem com a sua vida e de outros, tudo pelo tal Deus.

Que Deus exigiria o sacrifício da vida, ou que no Ramadão jejuassem do nascer ao pôr-do-sol.
Céptico por natureza, acredito em regra geral, apenas no que vejo ou no que se afigura minimamente credível, nunca em documentos escritos há milhares de anos, sabe-se lá por quem e que mobilizaram essas pessoas carentes, saturadas de guerras e fome, ansiosas por uma luz que mostrasse alguma esperança.

Estou a pensar criar uma nova religião, preciso trocar de carro.

- Oferta da Hóstia e Martini e as senhoras não pagam!
- Primeiro sábado de cada mês há show de travestis.
- Festa da cerveja nos feriados nacionais.
- Á entrada, passagem obrigatória pela caixa das esmolas (consumo mínimo 15€) para deixarem o donativo, porque o Martini está caríssimo e cá o Pastor não aguenta.

domingo, 6 de janeiro de 2008

AFINAL O AMOR, É COISA BOA OU NÃO?

De tanto ouvir comentários acerca desta coisa do Amor, decidi pesquisar em tudo o que era blog, sites, livros, manuais, enfim, pesquisei, pesquisei, quase até à exaustão, mas sem nada de conclusivo encontrar.

Prestes a baixar os braços, num mar de lágrimas e frustrações pensei:
Será que noutros séculos, noutras eras, quando tudo era mais simples e descomplexado, alguém teria escrito algo que me mostrasse a luz e me elucidasse acerca desta doença tão complexa de compreender e combater?

Novamente embrenhado em papiros e documentos seculares, encontrei um livro do Luís, não era um livrito qualquer, mas sim um verdadeiro “calhamaço” com umas centenas de folhas, o que tornou a minha busca mais morosa do que esperava, já que deveria estar concluída antes do Natal.
A obra intitulava-se Os Lusíadas e a certa altura deparei-me com um poema deveras desconcertante, mas que me elucidou por completo.
Seguidamente comentarei algumas frases que humilde e aleatoriamente transcrevi, estas revelam o brilhantismo do Poeta Luís e permitiram-me perceber perfeitamente o seu raciocínio sobre esta enfermidade e me motivaram a prosseguir para os capítulos seguintes.

Amor é fogo que arde sem se ver;
Se arde, deve-se combater.
É ferida que dói e não se sente;
Se doer, deve-se desinfectar e tratar até ficar completamente curado.
É um contentamento descontente;
Afinal é contente, ou descontente? De certeza que baralha e confunde os portadores e origina patologias psíquicas.
É solitário andar por entre a gente;
Perde-se a noção do ambiente e do mundo que nos rodeia.
É nunca contentar-se de contente;
Ri-se, ri-se, até não poder mais, está demente sem percepção da realidade.
É cuidar que se ganha em se perder;
Vendem tudo, pior que o vício do jogo.
É querer estar preso por vontade;
Uns querem evadir-se, estes entregam-se ás autoridades sem motivo aparente.
É servir a quem vence, o vencedor;
Servir? Escravidão? Algemas? Chicote? Puro masoquismo, em que mundo vivemos nós afinal?
É ter com quem nos mata lealdade;
Por acaso ressuscitamos? Se alguém me matar, como continuo a ser-lhe leal?
Notoriamente, o Luís retrata o tal síndrome do Amor como uma doença devastadora, uma verdadeira peste, e pelo que tive oportunidade de ler noutros documentos, a única cura é o isolamento total.

Mas por incrível que pareça há indivíduos que não estando curados completamente, iludem-se que sim e nesses casos uma recaída é terrível.
Ficam petrificados, engessados, embalsamados, amarrados, enfeitiçados, perdidos e outras coisas acabadas em “idos” e traduzindo todos estes adjectivos numa palavra só, ficam Apaixonados.
Quando o mal atinge estas proporções, é porque já venceu o coração e o cérebro, o coração cavalga tipo automotora e é quando o (a) gajo (a) já deixou de pensar, como que afectado por uma diarreia cerebral, e os neurónios são bombardeados com testosterona (como nos filmes de piratas quando se afundam os navios) perante tal ataque ficam como sopa.

Neste estado avançado, não se deve adiar o inevitável, casam-se, é aparentemente uma quarentena, só que nalguns casos prolonga-se por vários anos.
Se quisermos ser objectivos, esta é a medida mais adequada porque a doença fica restrita a um lar em vez de danificar e dizimar outras famílias.
Repararam porventura que até a cerimónia do matrimónio tem algo de sinistro, requer a presença de um padre! Á semelhança dos funerais, inclusive a certa altura na cerimónia do casamento ele refere “até que a morte vos separe” bem vistas as coisas, vai tudo dar ao mesmo, porque o casamento é o princípio do fim, esta promessa serve para evitar contaminação extra conjugal.

Existem pacientes que contaminam de vez em quando outros lares e cidadãos saudáveis, apenas desatentos e menos bem informados acerca desta peste do Amor, mas isso é tema para um próximo texto.
Termino com uma última questão, será que se fosse coisa boa, o logótipo da doença seria uma flecha cravada no coração?
Pensem nisto e mantenham-se saudáveis.