Mais uma data, daquelas que se devia comemorar todos os dias. Não há Foguete, Estátua, Discurso ou Banda, que realce condignamente o verdadeiro simbolismo deste dia.
Engenheiro, Doutor, Pedreiro, ou Pastor, todos merecem ver dignificada a sua profissão e respeitados os direitos básicos enquanto seres humanos, já que vivemos num estado democrático e cumpridor dos direitos que se encontram previstos em Diplomas, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Na triste e cruel realidade da nossa Sociedade, é um facto que as mulheres, são muitas vezes descriminadas pela sua condição feminina e pelos os entraves dessa conjuntura.
Alegando os meses pós parto, consultas de Pediatria, Ginecologia etc, a que têm direito, alguns patrões, utilizam todo o tipo de subterfúgio, recusando-se terminantemente a empregar mulheres.
No nosso Pais, existem milhares de Empresários e entre estes, destacam-se algumas centenas, que contrariamente à maioria, preferem única e exclusivamente, mão-de-obra Feminina, felizmente existem cidadãos, que mesmo fazendo parte da dita Entidade Patronal, se preocupam com o bem estar dos seus trabalhadores e zelam para lhes proporcionar condições de trabalho, bem estar e mesmo algumas regalias, embora sem nunca
descorar todas as obrigações e exigências, impostas aos seus funcionários.
Possivelmente por modéstia, vivem na “sombra”.
Será que são marginalizados pelos outros e até pela sociedade em geral?
Facto é, que nunca se assumem, e muito poucos de vós os conhecem.
Pessoalmente, sinto-me lisonjeado por conhecer alguns, afinal de contas fazem parte da nossa Sociedade.
Também é um facto, que lhes reconhecido o empenho, por parte das funcionárias e, destacam-se se dos outros principalmente porque:
Não exigem
Curriculum Vitae, ou formação Académica Superior.
Preocupam-se com o bem-estar do Pessoal.
Permitem flexibilidade de horário laboral.
Proporcionam segurança no trabalho.
Motivam a performance, através de comissões, ou percentagens.
Oferecem transporte para o local de trabalho.
Possibilitam, trabalhar em casa, carro particular, ou no do cliente.
Têm áreas pré estabelecidas, jardins, Ruas, Avenidas, etc…
Oferecem transporte de regresso.
O traje é facultativo, mas quanto menos roupa melhor.
A higiene pessoal é facultativa.
O pagamento é diário.
Não passam factura ou recibo.
Não fazem descontos para e Segurança Social ou IRS.
Contrapartidas:
- Não há desconto para qualquer cliente
- Não há pacote familiar
- O cliente tem sempre razão
Contrapartidas, em caso de crise:
- Nunca revelar a Entidade Patronal
- Nunca facultar o Livro de Reclamações
No fim da
jorna, é reunido todo o efectivo, afim de contabilizar o lucro e, distribuída a percentagem devida.
Com todas estas benesses com que são contempladas, regra geral, as funcionárias poderão mudar de patrão, mas permanecem fiéis ao ramo, dispensando por completo os sectores primários, ou secundários da nossa economia.
E só para nós; esta profissão deve ser aliciante e estes Patrões fora de série, porque cada vez há mais funcionárias a procurar neste emprego, o seu ganha pão.
Só não entendo o seguinte; porque é que alguém tão prestável à sociedade, cujos serviços são cada vez mais solicitados, pelas mais variadas faixas etárias e por todos os estratos sociais, teima em não assumir publicamente a sua posição.
O Proxenetismo vai de vento em pôpa, em todas as suas vertentes.
E ainda há, os que o são, sem o serem no verdadeiro sentido da palavra.